sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Trabalhando sob PrEsSãO

Antigamente era correio, fax, e mesmo quando já tínhamos email, o sujeito só abria a caixa de entrada em horas especificas do dia. Hoje não, com os smartphones e net books da vida o individuo resolve meia dúzia de informações enquanto mastiga um pedaço de batata no almoço.
Ser produtivo hoje significa gerenciar uma quantidade enorme de informações e tomar atitudes em tempo real sobre muitos acontecimentos. Veja que na verdade, quando te perguntam se você consegue trabalhar sobre pressão , o que estão te perguntando é:__ Você e capaz de trabalhar de maneira muito organizada e veloz sem perder a cabeça e comprometer a qualidade?
Conseguir fazer isto não é nenhuma mágica, e por incrível que pareça tem mais a ver com calma e ponderação do que com pressa e stress. Existe uma teoria que afirma que não ficamos estressados exatamente pelo “quanto” de trabalho temos a fazer, e sim pela maneira como olhamos esta quantidade e como reagimos a ela.
Já vi muita gente se desesperar com x, y e z para fazer, enquanto outros resolviam o alfabeto inteiro mantendo um excelente nível de serenidade. Não só por que se organizavam melhor, faziam anotações e acompanhavam o progresso de cada atividade. Mas porque mantinham a calma. Pois é, parece uma sugestão esdrúxula, de tão obvia, mas acredite, muita gente se esquece completamente disso.
Se organizar bem não é somente a “causa” de um bom trabalho. É também a conseqüência de se conseguir manter a calma e serenidade diante de uma pilha confusa e enorme de tarefas importantes e urgentes. Muitas e muitas vezes é sua reação emocional aos problemas que vai definir se você conseguirá ou não resolvê-los de forma organizada, clara e veloz. Se você se deixar levar pelo desespero, o coração dispara, as pernas tremem, as costas gelam e sua visão fica turva. Impossível ter método assim!
Manter a calma, respirar e começar aos poucos a destrinchar o enorme emaranhados de tarefas correlacionadas e “emperradas” é a melhor forma de aliar velocidade à qualidade. Ser eficaz em resolver um problema requer muitas vezes a capacidade de analisar calma e lentamente pequenas partes dele, para então agir de forma certeira.
E claro, se estiver participando de um processo seletivo e for surpreendido com a pergunta do início deste texto, respire e responda calma e serenamente a verdade. Nem preciso dizer que a verdade precisa ser: __ Sim, eu sou!__.
Publicado em 25/08/2009 por Bruno Soalheiro
Como não perder a vaga de um emprego

Errado! Ou melhor, quase sempre errado. Tudo bem que se você se atrapalhar completamente com as tarefas técnicas fica impossível trabalhar, mas o que tenho observado como gestor de RH é que na maioria das vezes as pessoas perdem seus cargos (ou deixam de ser contratadas) por motivos que nem sempre tem a ver com capacitação técnica.
O problema é EDUCAÇÃO mesmo, não no sentido de instrução, mas no sentido de não ser mal educado, rabugento, grosso, intratável.
Mais uma vez, e sem muito espanto, vi um profissional perder uma vaga, única e exclusivamente por falta de educação. Seu currículo chegou às minhas mãos através de uma headhunter, e imediatamente encaminhei ao setor técnico responsável por fazer a primeira entrevista. Minutos depois me chamaram, e eis o que ouvi do responsável:
__Bruno, de onde veio este currículo?
__ Chegou às minhas mão através da headhunter, porque?
__ Bem… Porque é uma pessoa de extrema experiência, conhece profundamente o mercado e seria ideal para a função em questão!
__ Então posso chamá-lo para uma entrevista?
__ Não! Não pode!
__ Mas você não acabou de dizer que tem extrema experiência?
__ Sim, tem… Experiência técnica, e muita! Mas é intratável. Mal educado, grita com os fornecedores, impaciente ao extremo, um bocado altivo e às vezes acha que tem o rei na barriga. Já trabalhei com ele, aliás fora daqui somos bons colegas, mas não o quero trabalhando conosco.
Pois bem senhores, eis aí o fato. Um sujeito totalmente competente tecnicamente, se candidata a uma vaga para a qual estávamos com urgência precisando de alguém, e a perde por ser um grande de um mal educado.
Esta situação reflete parte do que vem acontecendo no mundo empresarial ultimamente. As empresas estão se tornando mais civilizadas, educadas, preocupadas com o bem-estar e a “saúde mental” de seus profissionais.
Não adoram mais o super vendedor que passa por cima de tudo e todos para atingir suas metas, ou aquele cara que é o “crânio” em pessoa, mas tem a sensibilidade de uma barra de ferro.
Vejo que cada vez mais as empresas estão dispostas a abrir mão de alguma excelência técnica em nome de contratar pessoas que saibam conviver de forma educada, civilizada e saudável. Isto porque não é tão difícil ensinar alguém a usar o ecxel, fazer um relatório ou interpretar uma planilha, mas é quase impossível pegar um mal educado e transformá-lo numa pessoa decente para se conviver.
Jamais descuide de suas competências técnicas, elas são extremamente importantes. Mas tenha em mente que hoje,mais do que bons profissionais, as empresas procuram boas pessoas.
Publicado em 10/02/2009 por Bruno Soalheiro